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Virtudes e pecados

VIRTUDES E PECADOS

Numa vida de virtudes, há pecado que nos condenaria?

Numa vida de pecados, há virtude que nos salvaria?

Que há de tão bom em nós que neutralizaria qualquer mal?

Que poderia haver de tão ruim que anularia qualquer bem?

Que carregamos de tão leve, feito balãozinho no jardim, que teria peso positivo?

Que carregamos de tão pesado, feito esponja encharcada, que pesaria negativamente na balança?

Pudéssemos julgar a nós mesmos com os mesmos critérios que julgamos os outros

Nas mesmas leis, pelo mesmo peso e medida

Com direito às mesmas atenuantes e defesas

Sob o mesmo júri implacável

Qual seria nosso veredicto, inocentes ou culpados

Qual penalidade receberíamos?

Teríamos direito de recorrer?

Virtudes e pecados, pecados e virtudes

Qual humano está isento a ponto de ser capaz de julgar?

Alda M S Santos

Uma questão de justiça

UMA QUESTÃO DE JUSTIÇA

Não se faz justiça quando igualamos o que é distribuído, mas quando equalizamos

A justiça não se faz quando todos ganham o mesmo pedaço de pão

Mas quando o pão que recebem mata sua fome, sem falta ou desperdício

A justiça não se faz quando todos recebem a mesma quantidade de afeto, de beijos e abraços

Mas quando o carinho recebido é na medida certa para suprir sua escassez

A justiça não se faz quando todos recebem o mesmo cobertor, o mesmo calor

O mesmo afago e o mesmo amor

Mas quando é observado o frio de cada um, a carência de amor de cada um

A justiça não se faz dando tudo no mesmo formato e quantidade

A justiça se faz quando cada qual, diferentes no modo de ser e agir

Recebe de acordo com suas necessidades…

Alguém que “recebe” o que não precisa

Alguém que toma o que não lhe pertence

Está deixando um outro necessitado

Um ser humano consciente sabe disso, sente isso

E tenta equilibrar a balança

Como um pai cuidadoso e observador faz com os filhos

Como o Pai, Mestre do Amor, faz conosco…

Alda M S Santos

A bandeira que carrego

A BANDEIRA QUE CARREGO

“Isso é Brasil!” “Paisinho de *m”!

Nós somos Brasil! Entendo assim!

Não importa a cor da bandeira que carrego

Vermelha, azul, roxa, amarela, rosa ou verde

A bandeira que todo cidadão precisa carregar é a da justiça

Da superação, da coragem, do amor

Aquela que devemos hastear todos os dias em nossos corações

Ainda que essa bandeira esteja desbotada

Que mostre-se rasgada pela desesperança

Que tudo pareça utopia, ela balança…

Toda mudança começa com a ideia de um “louco”!

A maior riqueza de qualquer nação é seu povo

Um povo que trabalha, que luta, que acredita num país melhor…

Uma única pessoa é capaz de destruir um continente,

Mas somente se tiver aliados e adeptos de suas ideias

Mas também uma única pessoa é capaz de construir sua nação

Se fizer o mesmo: aliar-se a gente de bem

Meu país não é um país de m* como ouço por aí

Eu também sou meu país

Minha bandeira é verde e amarela

E o que falo dele, falo de mim mesma…

Entremos nos trilhos, Brasil!

Alda M S Santos

Mea-culpa

MEA-CULPA

Se recebêssemos os autos de nossas vidas

Com nomes fictícios, para serem julgadas

Com o mesmo peso e medida que julgamos os outros

Seríamos absolvidos ou condenados?

 

Alda M S Santos

Não é uma boa

NÃO É UMA BOA!
A inversão de valores de nossa sociedade beira à insanidade.
Um jovem goleiro promissor, Bruno, é condenado a 22 anos e 3 meses pelo assassinato e ocultação de cadáver da ex-companheira e pelo sequestro e cárcere privado do filho.
Cumpre 4 anos, é liberado da prisão, e logo tem convites de times para que possa atuar novamente.
Errar é inerente à condição humana. Não há santos! Todos erramos! Todos! Erros existem para nos ensinar. Sair de um erro e cometer o mesmo em seguida é burrice, falta de caráter.
Bruno “pagou” pelo seu crime, se é que há meios de se pagar por uma vida que se tira. Pagou, tem direito a ser recebido de volta à sociedade, reconstruir sua vida!
Mas a sensação de impunidade grita aos olhos de todos. Foi um crime hediondo, cumpriu poucos anos, volta à sociedade como se nada tivesse acontecido!
Qual a imagem que se passa para nossas crianças e jovens? Aqueles que têm pais e mães desempregados há anos, que estão também desempregados! O crime compensa?
Homicídio triplamente qualificado (por motivo torpe, asfixia e uso de recurso que dificultou a defesa da vítima), sequestro e cárcere privado, ocultação de cadáver.
Isso não é qualquer coisa, qualquer crime, qualquer erro!
A juíza do caso afirmou que a personalidade de Bruno “é desvirtuada e foge dos padrões mínimos de normalidade” e destacou que “o réu tem incutido na sua personalidade uma total incompreensão dos valores”.
Muitas piadas circulam por aí. Que ele tirou um diploma na prisão, que falta isso nos currículos dos desempregados…
É o modo do brasileiro de encarar o que o atinge. Brincando, fazendo piada.
Alguns patrocinadores do time “Boa”, que o contratou, retiraram o patrocínio. Não querem seus nomes envolvidos em tamanha sujeira.
Ontem foi recebido como celebridade por torcedores do time.
Um país em que praticamente todas as crianças sonham com o futebol, em ser jogadores, qual o exemplo que estão recebendo?
Que ídolos nossos filhos estão aplaudindo?
Nosso papel de pais e educadores torna-se ainda maior para se contrapor a tudo isso.
Fugir da questão não será uma “boa”.
Alda M S Santos.

Quem julga os juízes?

QUEM JULGA OS JUÍZES?
São tantos! Competem em pé de igualdade com os carrascos. Como dizia minha avó, “sentam no próprio rabo para puxar os demais”.
Gostaria de saber quem nomeia os juízes. Aqueles concursados do judiciário são nomeados pela União. Sentam-se em suas cadeiras, assistem o jogo disputado nos tribunais e, baseados nas leis e no Código Penal, absolvem ou condenam.
Mas, e os juízes do dia a dia? Quem deu a eles tal aval? Aqueles que apontam o dedo, criticam, acusam, condenam e, quase sempre, aplicam a pena.
Em qual código se baseiam? Em suas próprias vidas? Quem disse que ela é padrão, parâmetro para julgar as demais? Quem julga esses juízes?
Não precisamos de juízes ou carrascos. Costumamos nós mesmos fazer tal papel. Muitos de nós com bastante severidade.
Precisamos de mais amor, mais compreensão, mais carinho, mais colo..
Mais natureza, mais leveza, menos juízes, menos carrascos! Urgente!
Como disse o Mestre do Amor, “aquele que for livre de pecados que atire a primeira pedra”.
Os mais velhos foram os primeiros a se retirar.
Lembremos disso quando bater em nós a síndrome do judiciário.
Alda M S Santos

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