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Nossos afluentes

NOSSOS AFLUENTES

Tão pequeninos e frágeis nascemos, pequeno broto de vida

Tal qual uma pequena nascente, um olho d’água na serra

Carecemos de cuidados e proteção

Nós, de alimento, de abrigo, de calor, de amor

As nascentes, das matas ciliares, das raízes protetoras

Não fossem os cuidados que recebemos ao longo do caminho

Dos afluentes que avolumam nosso leito e fortalecem nossas esperanças

Do sol que nos aquece, alegra, ilumina

Da lua que nos encoraja nos medos da escuridão

Daqueles que confiam e se banham em nossas águas rasas ou profundas

Mesmo com certas represas que se arrebentam e despejam rejeitos sobre nós

Não teríamos forças para desviarmos das pedras, dos obstáculos mil

Pereceríamos muito cedo, antes da linha de chegada

Não chegaríamos ao mar, ao nosso destino…

Alda M S Santos

Navegar

NAVEGAR

Seja a motor, à vela ou na força dos remos,

O modo de propulsão da embarcação

Não é tão importante.

Valem a determinação e a vontade de prosseguir.

É preciso navegar, em frente…

Sempre!

Alda M S Santos

Arrumando as malas

ARRUMANDO AS MALAS

Arrumar malas exige critério, seleção, paciência.

Não se pode levar tudo!

Mudas de roupas de acordo com a estação, artigos de higiene, calçados…

Depende do tempo que ficaremos longe.

Costumamos colocar também expectativas: passeios, diversão, descanso, família, amigos, amor, novos lugares e pessoas.

Quase sempre boas, dependendo também

das companhias a bordo, do motivo da viagem e do destino pretendido.

Para uma viagem curta, tudo é mais tranquilo e fácil.

Se for uma viagem longa ou definitiva, torna-se mais difícil saber o que levar, o que deixar…

Um modo fácil de saber é anotar tudo que usamos, tudo que necessitamos, todos em quem pensamos durante um ou dois dias.

Tudo da lista é importante, fará falta. Se der pra levar, ótimo!

Há coisas e pessoas que só irão no pensamento, no coração.

 Lá haverá substitutos para alguns. Para outros, o jeito é aguardar o retorno ou cultivar boas lembranças. 

Isso faz parte de toda viagem…

No ar, no mar, na terra ou na imaginação.

É preciso aceitar e aproveitar. 

Boa viagem!

Alda M S Santos

Feira livre 

FEIRA LIVRE

Estamos, desde que nascemos, numa grande feira livre. Nela buscamos os itens necessários à nossa satisfação e bem-estar.

Quando crianças, nossos pais, ou adultos que nos cercam, adquirem, consultando-nos, ou não, aquilo que precisamos para viver. Gradativamente, vamos nos tornando independentes e passamos a fazer nós mesmos nossas aquisições.

Aí que aumentam os problemas. Muitas são as opções, as “ofertas”, mas nem sempre dispomos do necessário para adquiri-las. 

Nossos pais sabiam nos desviar, nos poupar daquilo que não nos faria bem ou não teríamos condições de pagar por elas. 

Adultos, queremos muito e cada dia mais: um vestido da moda, um celular de última geração, uma casa maior, um carro mais novo, uma viagem mais longa, uma amizade disputada, um curso inovador, um amor inacessível…

São muitos os itens expostos nessa feira. Cada qual mais convidativo que o outro. Uns nos conquistam de imediato. Outros vão nos ganhando aos poucos. Por uns podemos pagar o preço, outros o preço é alto demais. 

Insatisfeitos, tantas vezes fixamos a vista apenas no que desejamos, nem sempre tão necessários assim, e esquecemos do que já temos. 

Seguindo essa linha de desejos, vamos nos tornando mais e mais infelizes e frustrados. 

Analisemos alguns pontos: nem tudo exposto nessa feira vale para todos nós, alguns itens são completamente supérfluos, há produtos sob medida, não adianta adquiri-los, pois servem a outras pessoas, nem tudo que brilha é ouro, há propagandas enganosas. 

Finalmente duas coisas são fundamentais. 

Primeira, se o preço a se pagar por algo for nossa consciência, tranquilidade ou paz de espírito, melhor abrir mão. Não haverá prazer em desfrutar de uma amizade que nos descaracterize ou usar um carro que nos tirou do orçamento.

Segundo: se se quer muito um produto, se nos fará bem, sem prejudicar ninguém, qualquer preço é módico demais a se pagar por ele. Vale a aquisição. E isso só nós podemos saber.

Ah! Quanto mais simples, menos requintado, mais natural, mais duradouro será o produto. E em fim de feira há muita coisa boa que passa despercebida aos olhos desatentos. Vale dar uma conferida! 

Alda M S Santos 

Do tamanho do meu desejo

DO TAMANHO DO MEU DESEJO
Sexta ou segunda-feira
Ensolarada ou chuvosa
Isso eu não escolho
Mas posso escolher a
Forma, a cor e o tamanho que ela terá
Posso optar pela alegria ou pela apatia
Pela simpatia ou pela antipatia
Pela coragem ou pelo desânimo
Debaixo do chuveiro quentinho
Deixo a água levar o que for negativo
E decido:
Hoje será maravilhoso!
Bom diaaaaa!
Alda M S Santos

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