VALORES
Meus valores ditam minhas ações
Causam alegrias, dores, despertam emoções
Minha inércia também é um modo de agir
Meus oásis, meus desertos, meu sentir
Para todo lado há o que ser admirado
Também há aquilo a ser ignorado
Eu escolho o que permito me incomodar
Também aquilo que em mim pode morar
Há momentos em que tudo parece escurecer
Lá no fundo buscamos nosso alvorecer
Só assim podemos fazer cada acontecer
Temos trabalho importante nessa empreitada
Fica mais fácil manter por perto gente aliada
Fazer o bem a quem precisar, ser mãos dadas
Alda M S Santos
VALORES
Meus valores ditam minhas ações
Causam alegrias, dores, despertam emoções
Minha inércia também é um modo de agir
Meus oásis, meus desertos, meu sentir
Para todo lado há o que ser admirado
Também há aquilo a ser ignorado
Eu escolho o que permito me incomodar
Também aquilo que em mim pode morar
Há momentos em que tudo parece escurecer
Lá no fundo buscamos nosso alvorecer
Só assim podemos fazer cada acontecer
Temos trabalho importante nessa empreitada
Fica mais fácil manter por perto gente aliada
Fazer o bem a quem precisar, ser mãos dadas
Alda M S Santos
VALORES
Meus valores ditam minhas ações
Causam alegrias, dores, despertam emoções
Minha inércia também é um modo de agir
Meus oásis, meus desertos, meu sentir
Para todo lado há o que ser admirado
Também há aquilo a ser ignorado
Eu escolho o que permito me incomodar
Também aquilo que em mim pode morar
Há momentos em que tudo parece escurecer
Lá no fundo buscamos nosso alvorecer
Só assim podemos fazer cada acontecer
Temos trabalho importante nessa empreitada
Fica mais fácil manter por perto gente aliada
Fazer o bem a quem precisar, ser mãos dadas
Alda M S Santos
A IMINÊNCIA DA PERDA
É na iminência da perda
Que enxergamos o que possuímos
É na possibilidade do fim
Seja ele do que ou de quem for
Que encontramos a humildade
É na incapacidade de lidar com a falta
Que a fartura ou presença se impõem, se valorizam
É na imaginação da destruição ou inexistência do habitual
Que percebemos que não somos indestrutíveis, que não somos infinitos
Aquela mania de notar apenas a parte vazia
Desaparece mediante o esvaziamento da parte cheia
A consciência de nossa finitude, paradoxalmente
É que nos torna capazes de nos eternizar…
Alda M S Santos
VALE OURO
Juntamos diplomas, títulos, medalhas, troféus, taças
Para nos apresentarmos bem quando percebemos chegado o “julgamento final”
Mas não são aceitos quaisquer desses itens
Há critérios importantes a se considerar
De nada valerão diplomas, mestrados, doutorados, títulos e honrarias terrenas
Se não serviram para fazer uma vida melhor, salvar alguém
Despertar sorrisos, fazer brotar o amor e a compaixão
Especialidades, conhecimentos variados, medalhas, bens materiais nada são por si só
Tudo que terá peso positivo é como foram utilizados
Vidas que foram salvas, amor que foi doado
O bem praticado, a luz emitida
E isso a alma é quem transmite
A alma de quem doou, de quem soube receber
Não são necessárias palavras…
Tampouco malas ou bagagens
O que vale ouro mesmo nesse acerto de contas
Vai em nosso espírito, em nossa alma leve, numa consciência em paz…
Alda M S Santos
ESPELHOS
Nossa vida parece aqueles espelhos de parque de diversões.
Aquele que chamam Palácio do Riso.
Onde aparecemos distorcidos: muito gordos, muito magros, deformados, superestimados…
Sorrimos, nos divertimos.
A diferença é que aqui fora não tem graça.
Esses espelhos que tanto nos distorcem são os olhares que recebemos.
Olhares que nos enaltecem, que nos depreciam,
Que nos fazem melhores, esperando muito de nós.
Ou que nos fazem piores, nos desencorajando.
Quando encontramos um olhar real, verdadeiro, até estranhamos.
Queremos guardar esse espelho só pra nós.
Espelho, espelho meu, existe alguém mais tola do que eu?
O segredo é fazer da vida nosso palácio do riso
E sorrir, sempre…
Até encontrar um espelho fiel!
Alda M S Santos
MELANCOLIA
Melancólicos ficamos quando percebemos que a vida, por vezes,
É muito cordão para pouca pérola…
Escolhe daqui, procura dali,
Muitas pérolas falsas, pouquíssimas verdadeiras.
Pérolas à venda, pérolas dos outros,
Fica difícil montar um colar.
Ainda assim, cuidemos de nosso cordão e das pérolas que possuímos.
Mesmo que demore, outras virão.
Sua raridade é que as faz tão valiosas…
Tão especiais!
Alda M S Santos
NÃO É UMA BOA!
A inversão de valores de nossa sociedade beira à insanidade.
Um jovem goleiro promissor, Bruno, é condenado a 22 anos e 3 meses pelo assassinato e ocultação de cadáver da ex-companheira e pelo sequestro e cárcere privado do filho.
Cumpre 4 anos, é liberado da prisão, e logo tem convites de times para que possa atuar novamente.
Errar é inerente à condição humana. Não há santos! Todos erramos! Todos! Erros existem para nos ensinar. Sair de um erro e cometer o mesmo em seguida é burrice, falta de caráter.
Bruno “pagou” pelo seu crime, se é que há meios de se pagar por uma vida que se tira. Pagou, tem direito a ser recebido de volta à sociedade, reconstruir sua vida!
Mas a sensação de impunidade grita aos olhos de todos. Foi um crime hediondo, cumpriu poucos anos, volta à sociedade como se nada tivesse acontecido!
Qual a imagem que se passa para nossas crianças e jovens? Aqueles que têm pais e mães desempregados há anos, que estão também desempregados! O crime compensa?
Homicídio triplamente qualificado (por motivo torpe, asfixia e uso de recurso que dificultou a defesa da vítima), sequestro e cárcere privado, ocultação de cadáver.
Isso não é qualquer coisa, qualquer crime, qualquer erro!
A juíza do caso afirmou que a personalidade de Bruno “é desvirtuada e foge dos padrões mínimos de normalidade” e destacou que “o réu tem incutido na sua personalidade uma total incompreensão dos valores”.
Muitas piadas circulam por aí. Que ele tirou um diploma na prisão, que falta isso nos currículos dos desempregados…
É o modo do brasileiro de encarar o que o atinge. Brincando, fazendo piada.
Alguns patrocinadores do time “Boa”, que o contratou, retiraram o patrocínio. Não querem seus nomes envolvidos em tamanha sujeira.
Ontem foi recebido como celebridade por torcedores do time.
Um país em que praticamente todas as crianças sonham com o futebol, em ser jogadores, qual o exemplo que estão recebendo?
Que ídolos nossos filhos estão aplaudindo?
Nosso papel de pais e educadores torna-se ainda maior para se contrapor a tudo isso.
Fugir da questão não será uma “boa”.
Alda M S Santos.
NEM TUDO QUE RELUZ É OURO
Quando queremos valorizar algo falamos que reluz
Que brilha, que tem o tom certo, que ofusca os demais
Gostamos de brilho!
Porém, nem tudo que reluz é ouro.
Há muito caco de vidro por aí se fazendo passar por diamante.
Devemos tomar cuidado, não nos entusiasmar demais.
Muito entusiasmo pode botar tudo a perder
Cegar nossa percepção visual, emocional
Impedir de ver o brilho e valor interno
Há pedras preciosas foscas aos montes
E, quase sempre, são mais valiosas
Que os cacos de vidro por aí.
Estejamos atentos!
Alda M S Santos
QUANTO CUSTA?
Vivemos num grande, maravilhoso e, por vezes, enganador comércio.
Quase sempre o preço a pagar é em dinheiro, nas várias modalidades que ele se apresenta.
E vivemos comprando: alimento, vestuário, teto, estudo, medicamentos, lazer…
Outros, a aquisição se dá pela troca, o bom e velho escambo.
Um olhar por um sorriso, um abraço por um beijo,
Uma palavra amena por outra bem sábia
Lágrimas por ombro, ombro por colo…
Há outras trocas que se equiparam: amigo por amigo, cuidado por cuidado, ternura por ternura, amor por amor…
No comércio, atenção é fundamental a três coisas:
Estamos comprando o que precisamos?
Pagamos um preço justo?
Não nos endividamos além da conta?
Muitas vezes, compramos sem necessidade, por capricho!
Outras tantas, pagamos além, ou aquém, do real valor. Alguém ficará insatisfeito!
Há itens nesse maravilhoso comércio que não temos cacife para comprar! Simples!
Se o preço a pagar, por mais desejado e importante que seja o produto, for nossa consciência, nossa paz de espírito ou daqueles que amamos, não é um preço justo! Não podemos arcar com essa despesa.
Melhor fazer como uma criança que olha na vitrine um brinquedo que não pode ter: brinca com outra coisa, tenta esquecer.
Aquele brinquedo sempre será desejado, será sempre especial.
Ficará na caixa dos sonhos e desejos lindos.
Talvez uma fada um dia o tire de lá e a gente perceba que já pode pagar por ele.
No comércio é preciso paciência e perseverança, como na vida…
Quanto custa ser feliz?
Alda M S Santos
QUANTO VALE?
Quanto vale um olhar, não apenas um passar de olhos
Mas um olhar demorado e carinhoso
Que atravessa nossa íris e vê o que trazemos por dentro?
Quanto vale uma palavra sincera, amiga, doce, ou mesmo firme?
Quanto vale o silêncio compreensivo na hora certa?
Quanto vale o dar-se as mãos, quentes, seguras,
Que transmitem segurança?
Quanto vale uma mensagem, um telefonema,
Apenas um oi, tudo bem, como vai você?
Quanto vale um pensamento, uma lembrança boa,
Uma saudade, uma oração?
Quanto vale um sorriso largo, com os olhos, com o coração?
Quanto vale um abraço, daqueles que nos tocam o corpo todo
E, sem palavras, nos tocam a alma?
Vale simplesmente a nossa paz.
Essa não encontramos em nós,
Encontramos naqueles que nos são preciosos.
Que possamos todos encontrá-la!
Paz a todos!
Alda M S Santos
TEMOS VALOR
Queremos muitas coisas na vida que saem caras:
Um teto para nos abrigarmos
Uma cama quentinha para descansarmos
Alimento saudável sobre a mesa
Estudos que nos deem conhecimentos
Um trabalho que nos sustente
Transporte que nos satisfaça
Planos de saúde que nos atendam
Passeios que nos relaxem
Uma religião que nos acalme
Amigos que nos acompanhem…
Amores que aqueçam nossa cama
Filhos que nos orgulhem…
Por elas pagamos um preço alto.
Sim! Quer seja financeiro, favores, trocas, acordos…
Mas existem aquelas que não há maneiras de pagar…
Não são compradas ou negociadas
São conquistadas:
Uma família unida sob o teto
Alimentos e estudos que nutram nossa alma
Um trabalho que seja prazeroso e nos dignifique
Amigos que riam e chorem conosco
Que nos corrijam, nos alertem, nos amem
Sejam companheiros nas lutas e diversões
Um corpo e uma mente saudáveis
Amores que aqueçam não só a cama, mas também nosso coração
Filhos de bom caráter, alma linda e felizes…
Uma fé infinita em Deus.
Estaremos bem se tivermos com o que pagar pelas coisas caras.
Seremos verdadeiramente felizes se conseguirmos conquistar as que não têm preço, mas têm inestimado valor.
Aquelas as quais não trocamos por dinheiro nenhum do mundo.
Para conquistá-las e mantê-las usamos a moeda mais antiga, rara e universal que existe: o amor incondicional.
Alda M S Santos