BARREIRAS QUE NOS SALVAM DE NÓS MESMOS
Uma hora são as sombras que turvam a visão
Noutra a claridade excessiva que dificulta o trajeto
Chuvas fortes, granizo, neblina, tempestades
Buracos na via, lama, alagamentos
Um quebra-molas gigante nos obriga a reduzir a velocidade
Um desvio sugerido, convidativo, e insistimos em ignorar
Uma árvore caída que impede quase toda a passagem nos atrasa
Um acidente com alguém interrompe nossa viagem por um tempo
Vários obstáculos no caminho para chamar nossa atenção
Muitas, muitas pedras a transpor
Vários alertas! E ignoramos…
Até que o acidente ocorre conosco mesmos
Forte, doloroso, destruidor
O trilho se parte, o trem descarrilha e ficamos perdidos
Aí somos obrigados a parar, a refletir, a avaliar o que fizemos
Será que é esse mesmo o destino, o melhor caminho?
É preciso recalcular a rota, o veículo utilizado, os companheiros de viagem
Aquele obstáculo no caminho nem sempre é ruim
É apenas algo Superior querendo nos salvar de nós mesmos
De trajetos ruins que não levam a lugar algum
De transporte inadequado, de trilhas defeituosas
De más companhias, do modo de dirigir muito afoito
Das prioridades que temos colocado em nossa viagem
É bom sempre prestar atenção nas estradas, na sinalização
Principalmente nos obstáculos que dificultam de certo modo o seguir
Sentar, ainda que na beira da estrada sem fim
Reavaliar, redirecionar, repensar, recalcular o caminho…
Agradecer tudo de bom, quem nos ama e ora por nós mesmo de longe
Aquelas barreiras que tanto reclamamos
Físicas, mentais ou do coração
Podem ter vindo para salvar não só nossas vidas
Mas várias outras vidas também…
Alda M S Santos
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