FIM DE SEMANA
Sexta, sábado e domingo
Dias da semana associados a prazer e alegria
Fugida da rotina, da corrida frenética por não se sabe o quê
Descanso, sossego, lar, soneca, churrasco, família para alguns
Baladas, noitadas, bebidas, passeios, viagens, grandes programas para outros
Solidão, televisão, um livro, igreja, músicas para outros
Um novo vocábulo surge: “sextou”
Dando início a algo “novo e maravilhoso”
Euforia total que leva muitos que não seguem a corrente ao desespero
À tristeza com gosto amargo de solidão e abandono
A medicamentos controlados, alucinógenos, drogas
É quando o autoextermínio mais aumenta
Entre aqueles que se enfurnam a fazer um balanço da vida
E, frustrados, “invejam” o que os outros “têm” ou estão fazendo
Em quantos se divertem, comem pipoca debaixo do edredom
Vão a cinemas, viajam, fazem amigos, fazem amor…
Mas a balança estraga, pesa só o negativo para si e o positivo para os outros
E, paradoxalmente, os vazios são muito mais pesados
Focar no que é, aparentemente, presença no outro
É evidenciar a ausência em si mesmo
E isso acaba sendo doentio e ineficaz
Não existe nada e nem ninguém tão feliz e tão completo
Nem tão infeliz e tão incompleto
Comparações não são benéficas, são contraproducentes
Nada há de errado com o fim de semana de ninguém
Desde que nele se busque estar em paz consigo mesmo, sem ferir ninguém
Independente das vidas alheias
Todos estamos nesse grande barco aprendendo a remar, a nadar…
Até o cais final…
Alda M S Santos
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