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poemas e reflexões da vida cotidiana

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Choro

Adormecido

ADORMECIDO

Quando algo começa a adormecer dentro da gente

Surge alguma coisa para nos despertar da “letargia”

Um homem qualquer de capuz na rua

Uma mulher assassinada ao oferecer carona na rodovia

Uma notícia qualquer de violência e atrocidades

Um pesadelo sobre assaltos, estupros e morte.

Coisas que fazem reviver sensações de terror.

Mais tempo ainda torna-se necessário para adormecer

E fazer a sensação ruim ser jogada fora

Ou empurrada para o fundo e nunca mais sair…

Alda M S Santos

Quando até respirar dói

QUANDO ATÉ RESPIRAR DÓI

Quando a alma está machucada

E até respirar dói

Só as lágrimas limpam e lavam o caminho

Para encontrarmos o remédio

No silêncio de nós mesmos. 

Alda M S Santos

Atropelados pela vida

ATROPELADOS PELA VIDA
Tantas vezes somos atropelados pela vida. Caídos, outros “veículos” ainda passam por cima, caçoam, “filmam”, chutam cachorro morto. Quando tudo que queremos é um jornal para nos cobrir!
É, a vida pode ser cruel, às vezes. Imunidade baixa, todos os nossos monstros internos ganham força. Por isso parece que tudo vem ao mesmo tempo: desemprego, desilusão amorosa, brigas familiares, saúde frágil, caixa em baixa, amigos ausentes…
Pensamos em desistir… Entregar os pontos, jogar a toalha, aceitar o game over.
Tudo torna-se seco, cinza, sem vida! Fechamo-nos para o mundo.
Aí aparecem as almas caridosas com os velhos conselhos: vai passar, sacode a poeira, levante-se, chorar não vai adiantar…
E nossa vontade é gritar: pare, deixe-me com minha dor! Eu quero chorar, quero me entregar, quero ficar afundado nesse sofá por quanto tempo me aprouver!
Esse momento de “luto” é importante. Nele processamos o que perdemos, o que restou, o que devemos buscar. Fazemos nosso balanço interno antes de reabrir as portas para o público.
E nossa força, aos poucos, ressurge. E vai crescendo.
De onde vem essa força? O que a aciona? Quem dispara esse gatilho?
Cada um é cada um, mas vamos aprendendo técnicas para lidar com o sofrimento. Cada qual busca a sua: família, leituras, passeios, atividade física, chocolate, músicas, orações…
Duas ajudas são fundamentais e universais.
Primeiro: os amigos, aqueles mesmos, os dos velhos conselhos. Não sejamos tão duros com eles, não fazem por mal, do seu jeito, querem apenas ajudar.
Segundo: Deus. Ele é um só e olha por todos, independente do tamanho do nosso problema. Se nos incomoda, se pedirmos, Ele nos ajuda e nos atende.
Quando estivermos derrubados no meio da estrada, mesmo que seja difícil, tentemos lembrar disso. Pode diminuir o período de luto e irrigar a força. Ela brotará mais rapidamente.
Alda M S Santos

Por quem choras?

POR QUEM CHORAS?

Por quem choras? Parece óbvio! Por mim, por minha dor, minha mágoa, minha decepção…Choro porque fui ferida, atingida, machucada.

Quem causa tais sofrimentos que nos levam às lágrimas?

Um filho que adoece, sofre ou demonstra ingratidão?

Um amigo que não liga, não questiona nossa tristeza, não nos sorri ou abraça?

Um cônjuge distraído, sem afeto ou carinho?

Os pais que não reconhecem nosso esforço?

Um irmão que não é próximo o bastante?

Um amor que não corresponde aos nossos anseios?

Qualquer um pode nos fazer sorrir. O sorriso é simples, espontâneo e natural. É democrático. Despertado por qualquer um e distribuído a todos, sem discriminação.

Já as lágrimas são seletivas. Somente quem nos atinge fundo a emoção é capaz de fazê-las cair.

Sorrir é maravilhoso, mas as lágrimas nos mostram a profundidade de nossas emoções e sentimentos mais acertadamente. Por mais dolorosas que sejam, evidenciam a intensidade do nosso viver.

Uma fugidinha ao passado nos mostrará que os momentos de lágrimas foram os mais intensos.

Se quisermos saber quais são ou foram as pessoas mais importantes de nossas vidas, basta lembrarmos daquelas pelas quais vertemos lágrimas.

O mais importante é que se elas são realmente essenciais em nossas vidas, as lágrimas vertidas por elas são produtivas, mas os sorrisos são puro êxtase!

Aproveitemos ambos quando se apresentarem.

Alda M S Santos

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