ALHEIA CHUVA
Lá fora ela cai constante, despretensiosa.
Sabe-se fundamental.
Alheia àqueles que não a apreciam.
Aumenta, diminui, lava, limpa, irriga…
Gera vida!
Leva consigo o que há pelo caminho.
Não escolhe beneficiários, atende a todos, sem exceção.
Tantos correm para não se molhar,
E eu, cá dentro, não recebo suas gotas na pele,
Mas na minha alma ela cai, penetra fundo.
Nostalgia, saudade, preguicinha boa,
Reflexão, oração, prazer…
Lá fora continua seu tamborilar, incontrolável.
Cá dentro, a certeza de nossa pequenez perante tal magnitude!
É infinita a gratidão por fazer parte disso tudo.
Alda M S Santos
outubro 4, 2016 at 7:13 pm
E a nossa pequenez se torna infinita quando saímos e nos permitimos ser crianças novamente a brincar na chuva. Lindo.
CurtirCurtido por 1 pessoa
outubro 4, 2016 at 7:20 pm
Eterna pureza! Obrigada!
CurtirCurtido por 1 pessoa