ESTOU VIVA!
Estou no perfume doce e inebriante da flor
Também nos espinhos que a protegem e nos causam dor
Estou no calor escaldante do sol a brilhar
Também na chuva fria que cai fininha sem cessar
Estou na paz e inocência do sorriso infantil
Também na ternura do olhar de um idoso senil
Estou no beijo de um casal apaixonado
Também na saudade de um amor do passado
Estou na brisa suave que acalma, refresca, arrepia a pele e os cabelos balançam
Também nos ventos fortes dos vendavais que assustam e tudo bagunçam
Estou nos acordes suaves da empolgante canção
Também nos corpos grudados que dançam sensuais pelo salão
Estou na claridade da lua cheia ao anoitecer
Também na nebulosidade de um dia em que o sol esqueceu de nascer
Estou na finalização que nos traz todo entardecer
Também na esperança que renasce verdejante em cada alvorecer
Estou no amor vivido, na dor cortante, frustrante
E na vida que se renova no silêncio de paz dos amantes
Estou viva, sou a poesia
E, vez ou outra, me transmuto em versos, em poemas, em magia…
Alda M S Santos
setembro 13, 2018 at 6:46 pm
“Vez ou outra?”
Eu acho que a própria Alda é sempre um verso ou um poema vivo!!
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setembro 13, 2018 at 6:53 pm
Sou essa confusão ambulante que os versos tentam organizar… obrigada! Bjs
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