Nunca me canso de observar, admirar, me encantar e aprender com as crianças. Ninguém ensina aos outros melhor que elas. 

Se querem amor, carinho, atenção sabem pedir, sabem doar, sem limites, sem vergonhas, sem pudores! 

Nunca devemos negar ou recusar amor e carinho. A vida precisa, exige, cobra! Seja qual for o ser vivo!

Desde o ventre o bebê se acalma ao receber o contato carinhoso da mãe, a voz que acalenta, a música que tranquiliza. Ao nascermos, só o colo quente e aconchegante do adulto nos consola. 

Se temos dor, fome, frio, qualquer desconforto, nos acalmamos com um abraço.

E vamos crescendo assim. Pedindo, recebendo, doando carinho e amor. Tudo muito naturalmente. 

Em alguma parte do caminho vamos perdendo essa naturalidade, desaprendendo o que nascemos sabendo. Um abraço nos custa, um sorriso “arranca” pedaço, uma palavra doce perde-se no corre-corre diário, beijo só se for preliminar sexual. 

A verdade é que perdemos muito ao nos tornarmos adultos. Sabemos o quanto um ato de carinho nos faz bem, nos cura, nos fortalece e anima, porém, não somos mais crianças. O que os outros vão pensar, não é mesmo? 

Será apenas coincidência as crianças serem mais felizes que nós, que “sabemos tudo”? 

Há tempo ainda! Podemos começar! Já abraçou alguém hoje?

Alda M S Santos