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Nascer de novo

NASCER DE NOVO

Quantas vidas temos? Sete, como os gatos?

Quantas mortes são necessárias para nascermos de novo?

Por quantos partos passamos para recomeçar?

“Nasci de novo”!- dizemos ao passar por um risco iminente de morte.

Ignoram as vezes que morremos e nem perceberam.

As vezes em que nos mataram, nos matamos, de tudo quanto é tipo de morte.

Não é só arma ou doença que matam!

Desconhecem as vezes que fizemos nosso próprio parto, calados, sofridos.

Sozinhos nas madrugadas, expulsamos placentas, damos a luz a algo novo.

Parto natural, após cada morte/vivência nova, dolorida, mas produtiva.

Parto cesariana, após um período longo e difícil de gestação.

Usando fórceps, quando quase desistimos, faltava força e coragem para renascer e continuar…

Tantos matam, se matam, gestam e renascem tão facilmente quanto respiram.

Mas renascer exige força e coragem!

Há os partos duplos ou triplos, quando o renascer traz outras vidas consigo.

Quantas vezes morremos, quantas renascemos? Quantas mortes evitamos?

Quem é capaz de dizer além de nós mesmos?

Certo é que um renascer é quase sempre muito difícil!

Até que chega um morrer do qual não conseguimos ou não queremos nascer de novo…

Alda M S Santos

Se eu nascesse de novo

SE EU NASCESSE DE NOVO

Se eu nascesse de novo, o que gostaria que fosse diferente?
Talvez não ter nascido no Brasil, terceiro mundo, corrupção…

Ter a beleza da Penélope Cruz, a fama da Júlia Roberts?

Ser a amada do Antônio Banderas ou casada com Denzel Washington?

Ser dona da fortuna do Bill Gates?

Loucuras à parte, conformo-me com meu tipo físico, minha “pobreza”,

Meu país, meu anonimato, minha profissão, minha família, minha vida…

Mas eu bem que poderia nascer com desejo menor de me envolver nas coisas alheias!

Se fosse difícil, que eu pudesse mesmo ter a capacidade de ajudá-las, não atrapalhar a elas ou a mim mesma.

Na impossibilidade, que eu ao menos não me importasse ou me frustrasse tanto.

Ou, ao contrário, que me importasse tanto, tanto para me tornar uma Madre Teresa de Calcutá!

Já que nada disso é possível, um pouquinho de (in)sanidade agora não me faria mal.

Alda M S Santos

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