A DOR MAIS DOÍDA
A dor mais doída é certamente a que sentimos no momento
Podemos até com certa sensibilidade imaginar a dor do outro
Mas, se nunca a sentimos, não dá para mensurar com precisão
Porém, penso ser unanimidade:
A dor mais doída é aquela que remédio não cura
Uma ida à farmácia e uma cesta de medicamentos não amenizam
Para as dores do corpo há remédio: agudas ou crônicas
Mas para as dores da emoção, da alma, do coração
Não há ida à drogaria que cure!
Aquela mágoa com o outro que aperta o coração
Aquela decepção que inunda olhos e alma
Aquela culpa ou frustração que minam a autoconfiança
A saudade daqueles que se foram sem volta
As dores mais doídas dentro da gente ninguém mensura
As dores mais doídas são as da tristeza e mágoa
Escurecem os olhos, apagam o sorriso, afastam-nos de nós mesmos
A ida à farmácia deve ser substituída por um passeio longo dentro de nós, todos os recantos…
E acreditar que encontraremos um caminho claro e bonito
E seguir…
“A tristeza é como um rio
Se estancada, ela aprofunda.(Pe Fábio de Melo)
Alda M S Santos