VERDE-VIVO

A chuva fora torrencial, derrubara árvores, ninhos e sonhos

Pássaros saíam a cantar, comemorando o que restou de bom

Humanos se fechavam a reclamar, contabilizando o que perderam

A chuva ainda insistia, agora leve, fininha

Mas o sol se infiltrava, sem pedir licença, soberano, dono da vida

Renovando calor e colorindo de verde-vivo a esperança

Como alguém que tenta sorrir banhado em lágrimas

Formando um arco-íris maravilhoso escorrendo no rosto

Como a árvore que brota sob o corte do machado

É a vida mostrando sua força, suas faces e fases

É a natureza vital se impondo…

Se não fomos o “machado” que destruiu a vida

Que derrubou florestas inteiras ou jardins

Ou até mesmo uma flor

Sempre mais fácil seguir

Se fomos, vamos reconstruir…

A vida sempre se impõe!

Alda M S Santos