DECANTAR PARA NÃO DESENCANTAR
Diante da turbidez de nossas águas
Das impurezas acumuladas em nosso dia a dia
Tudo misturado, leve e pesado, transparente e escuro
Coisas que atraímos, outras que são jogadas em nós
Ou resultado do viver intenso, de afluentes gerados
Tornando difícil o nadar, o navegar, o respirar, o viver
É preciso um processo de decantação
Antes que nos desencantemos desse nado
Depois de tanto agito, parar um pouco, acalmar nossas águas
Deixar que se separem os elementos incompatíveis
Usar a fé, a sabedoria, a alegria de viver como decantadores
Tudo ficará mais claro, bem separado
O essencial e importante do supérfluo e desnecessário
Aí poderemos retirar os “excessos”
E voltar a nadar livremente…
Alda M S Santos