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poemas e reflexões da vida cotidiana

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escolhas

Livre arbítrio

LIVRE ARBÍTRIO

Ver alguém querido cometendo os mesmos erros seguidamente

Erros que sabemos onde vão dar, e o que vão levar

Por experiência própria, por vivências de outros

Por conhecimento dos obstáculos da vida, por maturidade

Dói!

Interferir é uma opção: falar, orientar, guiar

Até tentar desviá-lo dali, levá-lo pelas mãos a outro lugar

Impedi-lo de destruir a saúde física, mental, social, amorosa

Profissional, familiar, sua e dos outros

Até mesmo usando de autoridade e imposições

Mas onde fica o livre arbítrio?

Até que ponto podemos interferir na vida dos outros

Sem ferir o livre arbítrio, direito de todos?

Até que ponto podemos nos eximir de um posicionamento

Sem caracterizar abandono, covardia, fraqueza, comodidade?

Até que ponto o outro pode responder por si ou deveria ser “interditado”?

Até que ponto somos responsáveis devido ao conhecimento que temos?

Até onde o respeito pode ir sem se transformar em omissão?

Onde fica a linha tênue que separa o carrasco do Pilatos?

Podemos lavar as mãos?

De todo modo, dói!

Alda M S Santos

Preferências

PREFERÊNCIAS

Há quem olhe para a poeira e feiúra das ruínas

Mas há quem veja nelas a possibilidade de encontrar um baú de tesouros

Há quem se assuste com os barulhos e destruição das tempestades

Mas há os que aguardem ansiosos o arco-íris que a elas se segue

Há quem veja naufrágio, sombra, afogamento e terror nas ondas revoltas do mar

Mas há quem veja sossego e paz em suas águas verdes e espuma branca que lavam e levam embora o indesejado

Há quem veja numa árvore frondosa muitas folhas a sujar o quintal ou a rua

Mas há quem veja galhos para subir, flores e pássaros para admirar, frutos para se alimentar

Há quem se enfeze com os espinhos, pragas e ervas daninhas dos jardins,

Mas há quem se alegre e sinta o perfume, as cores e músicas encantadores

Há quem reclame do cansaço do trabalho ou dos estudos

Mas há quem se fixe no bem que essa dedicação pode trazer

Há quem se põe, rabugento, inerte, a criticar os corajosos, alegres e afoitos

Mas há aqueles que, apesar de joelhos esfolados, cara quebrada, mantêm o sorriso pedalando sua bicicleta

Há quem evite amar, confiar, por medo de ter o coração partido

Mas há os que amam, se arriscam, ganham ou perdem, sorriem, choram, sofrem, têm saudades, vivem…

E há aqueles que percebem-se de coração partido por falta de uso, de vida.

Todos podemos ter medos, nos assustar, nos acovardar, desconfiar, entristecer, fraquejar, reclamar das dificuldades…

Mas o que fazemos com esses sentimentos tão humanos,

É que dá o tom diferencial de nossas vidas….

Alda M S Santos

Construindo Castelos

CONSTRUINDO CASTELOS

Viver é construir castelos

Sem saber quanto tempo moraremos neles

Quanto tempo levarão para se desintegrar

Ou serem tragados pela areia movediça que nos cerca.

Como crianças na areia da praia que, pacientemente,

Vão até à beira d’água, carregam um baldinho pela metade,

Despejam num monte de areia e mãos à obra!

Pequenos grandes arquitetos, com ajudantes ou não,

Constroem lindos castelos, se enterram na areia,

Deitam-se em poças d’água e sorriem,

Mesmo quando o castelo é levado pelas águas.

Começam a construir outro e outro…

Incansáveis!

Em sua simplicidade entendem que a alegria está no construir

Não esperam o término da obra ou sua durabilidade para serem felizes.

Se a areia movediça levou seu castelo, não importa!

Se as ondas do mar fizeram tudo ruir, e daí?

Foram felizes enquanto ele existiu! Por isso a dor é passageira.

E ainda há muita areia e água pela frente, novos castelos,

Mesmo com a incerteza do amanhã.

Mesmo que não saibamos o tempo que nos resta….

Construindo…sempre…

Alda M S Santos

Liberdade

LIBERDADE

Pseudo liberdade é quando escolhemos

As grades de nossa prisão.

Ou quando não as identificamos,

Mas estamos atrás delas,

Sempre nos cerceando.

Alda M S Santos

Você (es)colhe!

VOCÊ (ES)COLHE!
“Você (es)colhe o que planta”. Parece simples.
Escolhe bem, planta e colherá o que plantou…
Felicidade certa. Afinal, ninguém escolhe plantar semente ruim.
Mas na verdade não funciona bem assim.
Quando escolhemos entre uma semente entre tantas, nem sempre temos clara como se dará a germinação e o crescimento.
Muitas são as sementes. Muitas são as variáveis que atuam nesse processo: terreno infértil, aridez, seca, geada, tempestades…
Daí tantas vezes a colheita ser perdida, mirrada ou insatisfatória.
Quando escolhemos ser professores e não médicos, entre viajar ou comprar um carro, entre ter uma profissão ou um filho, entre um amor e não outro, entre casar ou ficar solteiro, estamos escolhendo o que nos parece melhor no momento.
Dizemos sim para uma semente e não para a outra.
Se ela será produtiva só o tempo e os cuidados que receberá poderão dizer.
Felizmente, Deus, nosso maior “agricultor”, sempre nos ajuda a nos desfazer da colheita ruim, permite-nos escolher novas sementes, possibilita-nos novos terrenos, nova colheita, com os conhecimentos adquiridos anteriormente.
Ele é a videira que nunca morre, que sempre produz.
A única semente certa, pois é a semente do mais puro amor.
Vamos (es)colher Jesus! Sempre!
Alda M S Santos

Nosso lugar

NOSSO LUGAR

Num jardim, como deveria ser, havia várias flores, todas lindas!

Numa parte reservada, algumas rosas recebiam água, nutrientes e eram protegidas das intempéries, de visitantes e invasores.

Eram perfeitas, poucas, lindas, mas qualquer vento as destruía.

Outras, mais à mostra, também eram cuidadas, podadas, adubadas, mas não se misturavam. 

Só ficavam entre suas iguais. Enfeitavam parte do jardim e tinham seus admiradores. 

Havia ainda outras que recebiam menos cuidados, estavam mais pro centro do jardim, enfrentavam o sol escaldante, a chuva, visitantes e algumas “pragas”. 

Todos podiam tocá-las, sentir seu perfume, admirar sua forma e cores.

Qualquer observador poderia ver que essas eram flores fortes, meio selvagens, que além de belas, cresciam e se alastravam.

Conosco também é assim. 

Quem muito se preserva, fica lindo, perfeitinho, mas, escondidos, falta-lhes algo, perde o melhor da festa. 

Não se misturar mantém a pureza, mas perde-se a possibilidade de crescimento com os demais.

 Quem está no meio da “bagunça”, no centro do canteiro, interage, perde folhas, flores, se espeta, espeta os outros, sofre nas tempestades, mas vive tudo de melhor que o jardim oferece.

Cada qual escolhe o lugar que melhor se adapta nesse jardim.

Alda M S Santos

Caça e caçador

CAÇA E CAÇADOR

Aprender a sentir a direção do vento,

A perceber a luz, a aproveitar a sombra

A desviar-se dos obstáculos, a usar a força do outro contra si mesmo

A andar leve e atento sobre terrenos perigosos,

A ser silencioso e se camuflar quando necessário, 

A fazer barulho para se proteger

A considerar o medo como alerta, a nunca subestimar o inimigo 

A ser ágil e veloz na fuga ou busca de algo

A saber focar seu alvo, ou desviar-se de sua mira,

A não desconsiderar as próprias fragilidades e respeitar os próprios limites, 

A adquirir força e resistência nessa empreitada, pois 

Ora somos caça, ora caçadores,

E a mesma luz do luar ou vento leve que favorece a caça, 

Também favorece o caçador. 

Vence o mais hábil e melhor preparado. 

Alda M S Santos   

Coragem

CORAGEM

Sabe aquela história de que “desistir foi meu maior ato de coragem”? 

Pode parecer balela, desculpa esfarrapada, coisa de covardes, mas não é.

Muitas desistências são, sim, falta de vontade, de coragem ou persistência. 

Porém, quase toda desistência de algo implica que outra opção foi feita. Por n motivos.

Pode ser que o abrir mão de algo, aparentemente precioso, tenha ocorrido para benefício próprio, para proteger algo ou alguém amado, para o bem familiar ou coletivo…

Quer seja uma escolha profissional, pessoal, familiar, amorosa, não importa. 

Ao escolhermos trilhar o caminho A, sabemos que abrimos mão dos caminhos B e C. Ainda que eles permaneçam em nossas memórias por tempo indeterminado. 

Algumas bifurcações são muito estreitas e de decisão sofrida. 

Tantas vezes são escolhas difíceis, quase sempre dolorosas. 

Como temos apenas vaga ideia do porvir, decidimos com base no hoje, e só o tempo dirá se foi o caminho mais acertado.

Alguns caminhos não têm volta, mas de muitos deles é possível retornar e recomeçar, se se perceber que não foi a escolha mais acertada. 

Afinal, nossa vida não vem com GPS. E mesmo que viesse, poderíamos ser direcionados para caminhos errados.

Quando ouvirmos alguém dizer “desistir foi meu maior ato de coragem”, “abri mão por amor”, “optei em prol de alguém”, é melhor acreditar e se solidarizar. 

Ninguém está a salvo desse ato de coragem!

Alda M S Santos

Vida infinita

VIDA INFINITA

Já pensou se pudéssemos escolher

O que tornar infinito em nossas vidas?

O que seria fundamental?

A saúde, a beleza, a juventude?

A inteligência, a lucidez, a memória?

A bondade, a fé, o amor?

O desejo, a vontade, o prazer de viver?

Um pouco de tudo?

Quero uma vida intensa no que tiver que ser…

Que seja infinita, mesmo finita.

E que o amor prevaleça.

Alda M S Santos 

Feira livre 

FEIRA LIVRE

Estamos, desde que nascemos, numa grande feira livre. Nela buscamos os itens necessários à nossa satisfação e bem-estar.

Quando crianças, nossos pais, ou adultos que nos cercam, adquirem, consultando-nos, ou não, aquilo que precisamos para viver. Gradativamente, vamos nos tornando independentes e passamos a fazer nós mesmos nossas aquisições.

Aí que aumentam os problemas. Muitas são as opções, as “ofertas”, mas nem sempre dispomos do necessário para adquiri-las. 

Nossos pais sabiam nos desviar, nos poupar daquilo que não nos faria bem ou não teríamos condições de pagar por elas. 

Adultos, queremos muito e cada dia mais: um vestido da moda, um celular de última geração, uma casa maior, um carro mais novo, uma viagem mais longa, uma amizade disputada, um curso inovador, um amor inacessível…

São muitos os itens expostos nessa feira. Cada qual mais convidativo que o outro. Uns nos conquistam de imediato. Outros vão nos ganhando aos poucos. Por uns podemos pagar o preço, outros o preço é alto demais. 

Insatisfeitos, tantas vezes fixamos a vista apenas no que desejamos, nem sempre tão necessários assim, e esquecemos do que já temos. 

Seguindo essa linha de desejos, vamos nos tornando mais e mais infelizes e frustrados. 

Analisemos alguns pontos: nem tudo exposto nessa feira vale para todos nós, alguns itens são completamente supérfluos, há produtos sob medida, não adianta adquiri-los, pois servem a outras pessoas, nem tudo que brilha é ouro, há propagandas enganosas. 

Finalmente duas coisas são fundamentais. 

Primeira, se o preço a se pagar por algo for nossa consciência, tranquilidade ou paz de espírito, melhor abrir mão. Não haverá prazer em desfrutar de uma amizade que nos descaracterize ou usar um carro que nos tirou do orçamento.

Segundo: se se quer muito um produto, se nos fará bem, sem prejudicar ninguém, qualquer preço é módico demais a se pagar por ele. Vale a aquisição. E isso só nós podemos saber.

Ah! Quanto mais simples, menos requintado, mais natural, mais duradouro será o produto. E em fim de feira há muita coisa boa que passa despercebida aos olhos desatentos. Vale dar uma conferida! 

Alda M S Santos 

Entre isso e aquilo

ENTRE ISSO E AQUILO

Fomos concebidos de uma escolha, nascemos de uma escolha, vivemos sob o jugo de nossas escolhas. 

O tão falado livre-arbítrio, decisões de nossas mentes, nossos corações, com implicações diretas em nossas almas. E, muitas vezes, nas vidas de todos que nos cercam. 

Trabalhar ou descansar, estudar ou divertir, casar ou ficar solteiro…

Todo o tempo fazemos escolhas, até mesmo sem perceber. Umas mais leves, outras mais duras, sérias, pesadas, dolorosas. 

E o peso delas será sentido. Sempre.

Quantas vezes queremos, ansiamos, pedimos pra voltar atrás, ter nova chance, nova oportunidade? 

Essa é uma escolha que não temos. Além dela, só a derradeira.

A vida caminha sempre pra frente. Independente do que deixamos para trás. 

Onde temos poder é no hoje, nas decisões do hoje, nas escolhas do agora. Mesmo que a gente não escolha, escolhemos por inércia. Deixando o barco rolar. 

Fácil? Não! Cecília Meireles já dizia há muito tempo no seu “Ou Isto ou Aquilo”: “Quem sobe nos ares não fica no chão, quem fica no chão não sobe nos ares. É uma grande pena que não se possa estar ao mesmo tempo nos dois lugares!”

E, fazendo escolhas, entre erros e acertos, sorrisos e lágrimas, confiando no Pai, vamos seguindo por esse caminho que construímos passo a passo, pedra a pedra, flor a flor…

Até sermos chamados de volta para casa.

Alda M S Santos

Autoboicote

AUTOBOICOTE
Boicotar é sabotar, agir contra, repudiar, impedir de algo, desfavorecer, desacreditar. Não parece bom. E autoboicote? O que seria?
Imaginem fazer tudo isso consigo mesmo!
Considerar-se incapaz de várias coisas, ficar estacionado, não agir é uma delas. Falta de autoconfiança, medo de enfrentar o novo.
Toda vez que surge uma oportunidade de crescimento e, junto dela, a coragem para enfrentar o medo, vem aquele sentimento de derrota para impedir: o autoboicote.
Perde-se um emprego promissor, uma amizade nova, uma viagem espetacular, uma aquisição lucrativa, o amor dos sonhos.
Com isso, a capacidade de confiar no outro também vai embora.
O autoboicote não aparece de uma hora para a outra. Acumulam-se críticas, autocríticas, punições e frustrações que vão nos limitando, nos desacreditando de nós mesmos, mudando nossa essência.
Pode advir de pais repressivos demais, professores severos, críticos e sem ética, amigos cruéis, um namorado infiel, um chefe autoritário.
As críticas vão se acumulando em nós, os fracassos também. E forma-se um círculo vicioso. Quanto mais fracassos, mais autoboicote. Quanto mais autoboicote, mais fracassos.
A autoconfiança atrai sucesso. Sucesso gera mais autoconfiança. Uma pessoa autoconfiante costuma atrair críticas positivas, pois sabe se autopromover. A pessoa que se autosabota perde essa chance. Ao não acreditar em si mesma, não conquista créditos de ninguém.
Algumas vezes aparecem pessoas que se aproximam, passam a conhecer o potencial de quem se autoboicota, tentam ajudar, mostrar do que o outro é capaz.
Assim, começam a sair da casca, a lustrá-la, a brilhar.
Todos temos momentos de autoboicote. Achamos que estamos nos preservando. Mas acabamos por cair na real e ver que estamos apenas tirando oportunidades de crescer e de ser feliz. Algumas vezes é normal, passa. Porém, não podemos deixar que isso tome conta de nós, que se torne patológico.
A cada vez que dermos desculpas demais para nós mesmos para não tentar algo, é hora de perguntar: o que disso tudo é verdadeiro? Não estou me autoboicotando?
Henry Ford dizia: “Se você pensa que pode ou se pensa que não pode, de qualquer forma você está certo.”
Isso é o poder da mente sobre nosso corpo, nosso coração, nossas ações.
Nessas horas de autoboicote, o melhor a fazer é conversar com um amigo, alguém que nos ame, que nos jogue para cima. É o primeiro passo. Os outros logo virão.
Alda M S Santos

Amanheceu

AMANHECEU
Amanheceu! O sol invade a janela do meu quarto.
Uma oração de agradecimento..
Que dia é hoje?
O que faz com que hoje seja diferente dos demais?
Não é o dia da semana, férias, sol ou chuva…
São as expectativas que coloco sobre ele.
É o modo como agirei sobre ele, com a ajuda Dele!
Somos nós que fazemos nossos dias, nossas vidas.
Abro os olhos, abro a janela, abro-me para a vida!
Bom diaaaa! ❤️
Alda M S Santos

Mais ímãs, menos esponjas

MAIS ÍMÃS, MENOS ESPONJAS

Ao longo de nossas vidas, algumas vezes agimos como esponjas, outras vezes como ímãs.
Quando esponjas, absorvemos tudo à nossa volta, sem critério: sentimentos, lugares, situações e pessoas das mais variadas formas e tipos.
Quando ímãs, atraímos nossos afins, o que nos agrega, nos completa, nos realiza: sentimentos bons, pessoas encantadoras, lugares maravilhosos, situações agradáveis, ou seja, atraímos a luz e repelimos o que representa a tristeza, a escuridão.
A esponja logo, logo fica cheia, pesada e se arrasta, cai. Já o ímã, bem seletivo, se mantém intacto.
Cuidemos para ser mais ímãs do que esponjas em nossas vidas…
Bom diaaa!
Alda M S Santos

Aprendendo a pescar 

APRENDENDO A PESCAR

Nossa vida é uma grande pescaria. Numa hora pegamos um peixe tão pequenino que, insatisfeitos ou compadecidos, o devolvemos ao rio.

Noutra, passamos um tempão na beira do lago, gastamos empenho e paciência para pescar um grandão e nos decepcionamos.

Há ainda as vezes em que sequer percebemos os peixes que, insistentes, mordem nossa isca, e os ignoramos.

Também existem aqueles que nos oferecem, gratuitamente, mas, orgulhosos, dispensamos.

Ter a paciência para esperar e identificar o peixe certo morder nossa isca é habilidade de poucos.

Saber qual peixe devolver ao rio, num ato “caridoso”, também!

Estar atento para não deixar passar em branco aqueles insistentes é importante. Pode ser o “peixe” de nossa vida!

Pescar é divertido, mas dispensar o peixe gratuito, salvo se não for de boa procedência, pode não ser muito inteligente.

Nessa grande pescaria que é a vida, as oportunidades, as pessoas, as situações, são os peixes. Somos apenas um entre milhões de pescadores. Todos queremos pescar!

O rio é grande, nem sempre limpo ou caudaloso, mas há peixes para todos que têm paciência e habilidade.

Devemos nos concentrar em nossa cesta e esquecer a cesta do pescador vizinho. Ela não melhorará nossa pescaria.

Finalmente, lembrar que também somos peixes pode ser muito útil na hora de pescar.

Qualquer dúvida, há grandes lições do maior pescador de almas que já houve: Jesus. Encontram-se num “manual” chamado Bíblia!

Boa pescaria a todos!

Alda M S Santos 

Cais

CAIS
Toda embarcação, grande ou pequena, de carga ou passageiros, de trabalho ou passeio, necessita de cais. Um local em que possa atracar, aportar para carregar ou descarregar mercadorias ou passageiros, abastecer, realizar reparos, ou, simplesmente, descansar entre uma jornada e outra. As embarcações não foram feitas para viver atracadas todo o tempo, precisam sair da costa, enfrentar o mar, buscar novos ventos, cumprir sua jornada. Elas saem mais seguras quando têm o cais para retornar. A certeza de um porto que é seguro e confiável.
Nós somos como as embarcações. Estamos sempre em alto-mar: nossa vida, nossa jornada. Podemos, muitas vezes, navegar tranquilamente, baixar as velas, lançar âncora, relaxar. Porém, vezes sem conta enfrentaremos tempestades, ventos contrários, o breu da noite, icebergs, maremotos. Nessas horas, precisamos de nosso cais. Mas, e se ele estiver inacessível, distante, danificado ou ocupado? Perdemos o norte, navegamos sem rumo, arriscamos a causar danos à própria estrutura ou perda de carga.
Visando a auto-preservação, necessário é que tenhamos vários cais. Não podemos apostar todas as nossas fichas num único dado. Se tivermos um cais em cada porto, em qualquer lugar que estivermos, sejam quais forem os danos sofridos, teremos o conforto do cais para atracar.
Há pessoas que dizem “não vivo sem fulano, ele é minha vida”! Isso é ter um único cais. Além do risco de sobrecarga do cais, pode-se perdê-lo por um motivo qualquer alheio à nossa vontade. Aí, estaremos à deriva!
Não estou pregando a autossuficiência. Nós, seres humanos, nunca o seremos. Como seres gregários, precisamos uns dos outros, todo o tempo, uns mais, outros menos. O que acredito, e em que aposto, é que precisamos, além de ser cais para os outros, buscarmos vários cais para nós mesmos. Não é preciso tantos. Qualidade aqui vale mais que quantidade. Alguns cais são óbvios: familiares, cônjuges, alguns amigos. Há ainda aqueles cais que abandonamos, nos esquecemos e que, numa hora de sufoco, nos atracamos nele e percebemos que nunca deveríamos tê-lo relegado. Dependendo de onde estivermos, do que estejamos precisando, escolhemos o cais mais adequado. O que possibilita um descanso, uma vista maravilhosa, uma palavra sábia, um ombro para chorar, uma recarga de energia, uma descarga de maus fluidos, enfim, para cada necessidade, um cais diferente.
Ter vários cais nos dá mais segurança, a quase certeza de que não estaremos sós. Quase! A qualquer hora o cais que acreditávamos possuir pode falhar, não estar disponível ou danificado. Nossa mãe, cais mais confiável, pode adoecer ou falecer, o cônjuge, pode não ser o mais indicado no momento, os amigos, estarem ocupados demais…
Muitas vezes, só poderemos contar com dois deles: nós mesmos e Deus. Teremos que saber acioná-los. Deus estará sempre a postos e nos indicará a nós mesmos. Precisamos ativar nossas reservas, necessitamos de autoabastecimento, de um gerador próprio de energia até encontrarmos outro cais.
Sempre teremos o cais preferido, aquele em cuja presença sorrimos, e cuja falta nos leva às lágrimas. Aquele no qual nos encaixamos perfeitamente, que supre nossas necessidades maravilhosamente, nos enriquece, abastece, dá brilho, renova as forças. Nunca devemos abandoná-lo, mas é preciso não esquecer que ele também é falível.
Finalmente, se um cais nos mantiver atracados por tempo demais há algo de errado com ele ou conosco. Não devemos nos esquecer que nossa essência é de navegantes.
Vamos recolher âncoras, içar velas, que mais uma jornada vai começar. Que tenhamos um mar mais calmo e vários portos com cais mais seguros. É o que precisamos, é o que desejamos!
Alda M S Santos

Anoitecer

ANOITECER
Noite: chuvosa ou estrelada,
Lua cheia ou Nova
De brisa suave ou calor escaldante.
Escuridão que pode ser bênção.
Pra dormir, pra descansar corpo e mente.
Pra pensar, analisar, avaliar, planejar…
Pra sonhar, pra amar…
Agradecer!
Não é por acaso que ela é iluminada pelas estrelas e pela Lua.
Deus nos mostra o quanto a vida é cíclica…
Do quanto cada fase pode ser importante.
Se delas soubermos tirar proveito.
Por mais bela ou difícil,
Que tenha sido a noite.
A alvorada chega pra todos, pra recomeçarmos.
Sempre!
Alda M S Santos
Boa noite!!!!

Ser maduros

SER MADUROS
A contagem do tempo é uma só, mas ele não se passa da mesma forma para todos. Há pessoas que se detêm nos pequenos prazeres, as que correm atrás de grandes gozos, e ainda aquelas que ficam atoladas na lama dos problemas e momentos difíceis.
Todos temos os três: pequenos e grandes prazeres e atribulações. O que nos difere, nos faz crescer, amadurecer e aparentar que carregamos uma carga mais leve é o tempo que dedicamos a cada um deles.
Maturidade não é idade cronológica, mas quase sempre coincide com ela. O tempo, cedo ou tarde, nos mostra que sempre saímos de uma situação, boa ou ruim. Se está bom, mergulhemos de cabeça, se está ruim, vamos prender a respiração e aguardar a onda passar. Se apertar, basta acessar nosso estoque de emoções que veremos por quantas já passamos.
Quando tudo parecer difícil cercar-nos de pessoas “luz”, crianças, natureza, bichos, esses seres sinceros, quase sempre traz paz. Outros preferem músicas, livros, filmes, jogos ou recolhimento.
Além do mais, nossa habilidade de escolher caminhos menos atribulados também se aprimora. Ser “verde” é bom, mas ser maduro pode ser excelente se soubermos extrair da maturidade o que ela, quase sempre, traz de melhor: a sabedoria.
Vamos lá?
Alda M S Santos

Eleições: hora de escolher

ELEIÇÕES: HORA DE ESCOLHER
Escolher sempre é difícil, visto que escolha implica abrir mão de várias coisas em detrimento de outra.
Escolher entre tantas boas opções é doloroso. Sempre haverá a sensação de perda.
Porém, ter que escolher entre tanta “falta” de opção é terrível.
Saber que é necessário optar, averiguar, analisar, investigar e não ter certeza da veracidade de nada é muito difícil!
Assim estão essas eleições municipais. Tanta gente dizendo que anulará o voto ou escolherá o menos pior. Lamentável situação da democracia! Sabermos que precisamos passar a limpo toda a classe política dessa nação e não encontrarmos substitutos!
O mais trágico é que, na maioria das vezes, estamos tão descrentes que colocamos todos no mesmo saco da falsidade e corrupção e perdemos a chance de ouvir e conhecer alguém bom.
Acredito que haja alguém à altura por aí! Precisamos dar uma chance de se manifestarem. Parto do princípio que escolher um que acredito, mesmo levemente, é melhor que deixar que outros o façam por mim.
Sigo apenas um critério que estabeleci: quero gente nova! Renovação deve ser a cara da nossa política.
E que Deus nos abençoe!
Alda M S Santos

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