MEIOS DE COMUNICAÇÃO: BEM OU MAL?
Nas bancas expostos, jornais dependurados
Manchetes chocam, deixam-nos assustados
Outros já nem ligam, parecem vacinados
Será que o mal já ficou normalizado?
Nas redes as chamadas são intensas
A humanidade já anda mais que propensa
Alguns jornais alertam: imagens fortes
A TV já tem seu público: só fala de mortes
Meios de comunicação propagam o mal
Notícias verdadeiras ou não, efeito amoral
Será que se divulgassem o bem haveria contágio
Ah, cansada de tanto mau presságio!
Penso em que bem tem feito a tal “comunicação”
Do modo que está posta só traz desunião
Será que vale voltar a tempos de outrora
Não saber o que acontece, ou não, a cada hora?
Se há muitos modos de interação espontânea
Em nível mundial, divulgação instantânea
Que tal combinarmos de só espalhar pelo ar
On ou off-line só o bem divulgar?
Alda M S Santos
MEIOS DE COMUNICAÇÃO: BEM OU MAL?
Nas bancas expostos, jornais dependurados
Manchetes chocam, deixam-nos assustados
Outros já nem ligam, parecem vacinados
Será que o mal já ficou normalizado?
Nas redes as chamadas são intensas
A humanidade já anda mais que propensa
Alguns jornais alertam: imagens fortes
A TV já tem seu público: só fala de mortes
Meios de comunicação propagam o mal
Notícias verdadeiras ou não, efeito amoral
Será que se divulgassem o bem haveria contágio
Ah, cansada de tanto mau presságio!
Penso em que bem tem feito a tal “comunicação”
Do modo que está posta só traz desunião
Será que vale voltar a tempos de outrora
Não saber o que acontece, ou não, a cada hora?
Se há muitos modos de interação espontânea
Em nível mundial, divulgação instantânea
Que tal combinarmos de só espalhar pelo ar
On ou off-line só o bem divulgar?
Alda M S Santos
A ARTE DA COMUNICAÇÃO
A arte de se comunicar
Não é só falar, falar, falar….
É preciso saber se fazer entender
Também saber ouvir, tudo esclarecer
A mensagem precisa ser transmitida
Não importa o meio, deve ser bem recebida
Desenhos, hieróglifos, logotipos, canções
A história nos ensina preciosas lições
Imagens, textos, melodias, poemas
Olhares, expressões, oratória sem dilemas
Mensagens vão de coração para coração
Com carinho, atenção, cuidado na transmissão
Quem não se comunica se trumbica
Chacrinha já dava essa preciosa dica
De modo pessoal, analógico, virtual ou digital
Vale mesmo é ter seu diferencial, ser original!
Alda M S Santos
NA CALADA DA NOITE
Tudo é silêncio, parece silêncio
Na escuridão o mal se agiganta
Medos e traumas antigos parecem maiores
Forças minam, a fé luta para prevalecer
Gatos miam, tomam o que julgam seu sobre os telhados
Gatas dão o que fingem “amarrar”
Cães ladram e tentam proteger o que parece perdido, ameaçado
Casais se amam, namoram sob os telhados
Uns nascem, renascem, outros matam, morrem
Munidos das mais variadas armas: brancas, de fogo, da confiança, da desesperança
Gatunos de colarinhos brancos, becas, batas, ternos
Disfarçados, vestidos de seres do bem, mascarados de “amor” e bondade
Invadem casas, veículos, escolas, igrejas, pessoas
Quebram janelas, estouram fechaduras, aproveitam uma fissura qualquer
Às vezes arrombam, outras são convidados a entrar
Nas TVs abertas ou fechadas, nas ondas do rádio, na web conquistam adeptos e seguidores
Pilham, roubam, amarram, matam
Amealham dia a dia tudo que se tem de bom
Sequestram o corpo, torturam a mente
Aliciam corações e almas carentes, sofridas
“Protegidos” pelas sombras o mal age calado
Na calada da noite…
Usurpam a vida, destroem sonhos
Roubam a inocência de infantes e adultos, ameaçam
Desestruturam famílias, passam-se por amigos, por anjos de Deus
Enquanto os anjos dormem…
Será que dormem?
Será que ainda haveria vida por aqui se não estivessem acordados, agindo?
Na calada da noite o mal se agiganta
Na calada da noite é que os anjos mais trabalham…
Na calada da noite não podemos nos calar
À luz do dia devemos nos fortalecer e gritar…
Alda M S Santos
SIM, NÃO, TALVEZ
O sim remete a alegria, estado de graça, felicidade extrema
Satisfação, prazer, gozo total.
O não quase sempre é tristeza, é dor aguda, é golpe certeiro,
Lágrimas, reclusão, introspecção
O talvez é expectativa, nem sim e nem não
Talvez é espera oscilante, vascilante
Vai do quase sim ao quase não
É uma quase alegria, uma quase tristeza
É indecisão, é dor crônica
Talvez é brincadeira de balanço,
Ora lá em cima, ora cá embaixo
E não são todos que apreciam a adrenalina dos balanços
As emoções antagônicas dos “talvez”
Preferem os pés no chão,
Sentados no banco da pracinha
Vivemos entre o sim, o não e o talvez
Podemos até abolir os “talvez”
Mas nunca seremos só sim
Nunca seremos só não
E transitar do sim para o não
Já dá o balanço doloroso ou prazeroso da vida…
Alda M S Santos
QUER QUE DESENHE?
Para compreender
Há quem entenda olhares
Muitos precisam das palavras
Vários necessitam que desenhe
Outros, nem colorindo…
Alda M S Santos
PING PONG
Energia e animação: 10
Boa vontade e doação: chego lá
Autoconfiança e autoestima: já foi 0, chegou a 10, anda oscilando.
Amor e carinho: doado ou recebido?
Sexo: rsrsr, feminino
Amizade: a que se fortalece na diferença
Ídolo: Jesus, o Cristo
Música: a que desperta
Esporte: dança da vida
Vício: pessoas
Faz sorrir: amor
Faz chorar: amor
Tolerância: evoluindo
Sinceridade: não vou te magoar?
Confiança em terceiros: 11
Grau de burrice: depende dos envolvidos
Decepção: vide nota anterior
Fé: na humanidade
Sonhos: mudá-los de status
Saudade: dói
Lugar: natureza, sempre!
Capacidade de aprendizado: crescente até a morte
Alegria maior: viver
Alda M S Santos
LÍNGUAS
Línguas, linguagens, idiomas, vocábulos,
Textos, frases, palavras…
Todos usados para a comunicação, para se fazer entender.
Tantas vezes incompreendidas, Mal interpretadas, ignoradas…
A melhor forma de expressão é o olhar
É o mesmo em qualquer lugar do planeta
De peões a embaixadores
Silenciosamente, diz tudo.
Se ainda faltar algo, usemos a língua,
Mas num beijo….
Acaba com qualquer dúvida!
Alda M S Santos
PALAVRAS
Apesar de apaixonada pelas palavras, pela comunicação verbal,
Aprendi a observar e absorver dos outros
Aquilo que eles dizem sem o auxílio do verbo.
Olhares, expressões e atitudes falam muito.
Esses dizeres são menos controláveis e mais verdadeiros.
Prefiro-os!
Alda M S Santos
Imagem Google
VOCABULÁRIO
Três jovens conversavam no metrô
Fiquei deveras encabulada com a riqueza do vocabulário
“Catiando, pagar vecha, cair na pilha, pera, os cana, fulerage”
Fiquei na dúvida se era mesmo o português que falavam!
Tudo bem! Se eu estivesse envolvida no papo,
Se o contexto me dissesse algo, até poderia entender.
Alguns vocábulos eram mais comuns:
“Tá ligado, sacô, birita, mina, pinta, carango, pela saco…”
Mas “sapeco, larica, cabrito, bobó…”
Desisto!
Dois rapazes e uma moça se faziam entender.
Riqueza de vocabulário? Talvez!
Fiquei a me perguntar se conseguiriam se comunicar de modo mais “normal”,
Ou se, na verdade, eu é que estava fora do padrão.
Olhei para os lados, ninguém parecia se importar.
Fones nos ouvidos, olhos fechados, digitando nos celulares…
O trem parou e um rapaz saiu:
“Dá um rolé, seco numas marola”!
“ Vá lá noiado”!
Tchau, até mais, adeus, até a próxima…
Alda M S Santos
OUTRO OLHAR
Outro dia li que devemos ver as coisas que não nos agradam sob uma nova perspectiva.
Sempre deveríamos tentar um ângulo novo, outro olhar, uma nova possibilidade.
Tentei aplicar esse “conselho” ao que via naquele momento.
Um ser humano jazia no asfalto, virava e se ajeitava, fazia-o de cama.
Passei, olhei, pensei: “tristeza viver assim, dói na gente”.
Uma avenida perigosa, carros, motos, ônibus e caminhões para todo lado.
Pessoas passavam apressadas, como eu.
Retornei, quis tentar um novo olhar.
Deve ser uma possibilidade para eu fazer algo, pensei.
Bem assim na minha frente! E não é a primeira vez!
Pensei no meu marido a dizer para não me meter, tomar cuidado, que tudo é perigoso!
Cheguei mais perto, devagar. Abaixei-me, chamei, cutuquei.
Ele se virou, se ajeitou, como se estivesse sobre seus travesseiros macios.
Chamei outra vez. Ele abriu os olhos, mas não parecia me ver.
Perguntei se precisava de algo. Claro que precisava!
Mas a gente fica meio impotente, sem saber o que dizer.
Ele riu meio sem entender e tentou se levantar.
Perguntei se queria que o ajudasse a ir para casa, onde morava.
“Por aí! Pode me pagar uma branquinha, branquinha?”
Riu da própria associação e repetia: uma branquinha, branquinha!
Falei: “Pago um prato de comida, te ajudo a ir pra casa, mas pinga não pago.”
“Então, não quero nada, branquinha! Me deixa dormir quieto aqui!”
Resmungando enrolado se ajeitou de novo em sua “cama”.
Segui meu caminho meio inconformada.
Ouvi ainda umas pessoas dizerem: “é bêbado, deixa para lá, moça!”
Mas venci meu medo e tentei ver com outro olhar.
Um dia dá certo! Pra mim e pra eles.
Alda M S Santos
A ARTE DA COMUNICAÇÃO
Todo ser vivente possui habilidades de comunicação.
Ser capaz de entender, de fazer-se entender.
Variáveis, porém, são os níveis dessa habilidade.
Palavras ditas ou escritas transmitem muito, mas pode haver uma interpretação cruzada.
Expressão corporal é fiel, mas de difícil análise, se não houver certa intimidade.
Olhares falam muito, praticamente tudo, mas numa linguagem que não é qualquer um que sabe ler.
Sorrisos espontâneos dizem tudo, mas há muitos forçados por aí.
Lágrimas passam imagens de dor extrema, nem sempre reais.
Um toque é um complemento importante de comunicação, ameniza a “força” das palavras ou as complementa.
Um abraço ou um beijo dispensam quaisquer outros recursos.
No silêncio e intensidade de um abraço ou de um beijo somos capazes de dizer tudo que queremos.
Quanto mais demorados e mais silenciosos, maior a comunicação.
Não são sempre utilizados, pois desnudam o transmissor e receptor.
Não é admissível dizer que não se conhecem, duas pessoas que trocaram entre si um abraço ou um beijo sinceros.
A arte de se comunicar é desenvolvida: palavras, expressões corporais, olhares, sorrisos, lágrimas, toques, beijos e abraços…
Lamentável que muitos tentem disfarçá-las.
Isso torna o mundo mais confuso e triste.
Alda M S Santos