NAS TEIAS DA VIDA
Uma aranha tece quietinha sua teia
Em muitas e muitas tramas delicadas
Sua casa, sua proteção
Já para os insetos que nelas caem
É suplício, é morte certa
Ali a aranha transita em casa, segura
Conhecedora de cada laço, nó, arte
Para ela a teia é vida
E o inseto se perde, se enrola, se prende
Para ele a teia é morte
E se houvesse uma reviravolta qualquer
E a aranha também se prendesse nas próprias tramas
Como alguém com um transtorno psicológico qualquer
Que não se encontra, não se sente em casa na própria teia
Sente-se como um inseto preso e à beira da morte
Quem poderá ajudar?
Outra aranha que conhece a teia
Ou um inseto que já a enfrentou?
Ora somos aranhas, ora insetos
Sempre nas teias da vida…
Alda M S Santos
Deixe um comentário