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Que mal pode haver? 

QUE MAL PODE HAVER? 

Que mal pode haver em se fazer escolhas óbvias?

É bom mesmo ficar num ambiente conhecido, onde todos são amigos,

Ao invés de ter que debater, discutir, conquistar e se promover todo o tempo.

Delícia poder dormir a hora que der sono, acordar sem despertador,

Ao invés de ter horário para acordar, afetando, indiretamente , o horário de dormir.

Satisfação pura num banho quentinho, num lago calmo, ou uma rede na varanda,

Ao invés de um mar turbulento, um rio com correnteza ou um salto de paraquedas. 

Prazeroso ficar onde o amor é recíproco, mansinho, as dúvidas inexistem, a confiança é mútua, o abraço é doce, as lágrimas são de emoção,

Ao invés de precisar garimpar carinho, pedir atenção, exigir transparência, chorar de saudade ou incerteza.

Que mal pode haver em optar pela zona de conforto?

De vez em quando, nenhum.

Porém, se o que se deseja é novidade, aventuras, ela não possibilita crescimento, inovações, descobertas.

A zona de conforto é lugar do calmo, do pacífico, do tranquilo, do morno. Nada nela é “demais”.

Não há tristeza demais, dores demais, dúvidas demais, ansiedades demais.

Em contrapartida, também não há alegrias demais, tampouco amor demais, êxtase demais, vida demais! 

Na zona de conforto nao há surpresas, nem calor no coração, nem frio na barriga.

Que mal pode haver?

Apenas o de se viciar numa vida monótona e mais ou menos. Ao menos aos olhos dos mais aventureiros.

Zona de conforto é lugar para se visitar, não para morar…

Mesmo que, às vezes, a gente fique tentado a não sair mais de lá! 

Bom mesmo é respeitar o que o coração pede. Mesmo que isso signifique ficar em trânsito! Lá e cá!

Nisso não há mal algum! 

Alda M S Santos

Pequenos prazeres

PEQUENOS PRAZERES 

Um beijo de “bom dia, princesa”, 

A roseira que desabrocha pela primeira vez

O pão quentinho e o café fresquinho

O abraço gostoso de uma amiga

O sorriso gentil de um desconhecido qualquer

O ônibus que passa na hora certa

A música preferida bem alta

Aquele lindo filme tantas vezes reprisado

Andar semi nua pela casa sem se preocupar com olhares curiosos

A gargalhada de uma criança sapeca

A satisfação de um velhinho que se distrai com o plástico bolha

O fim de um livro perfeito

A soneca depois do almoço

O balançar na rede debaixo de uma árvore

A canção entoada pelos pássaros

Pessoas que nos amam ao nosso lado…

São tantos os pequenos prazeres…a todo o tempo.

Eles fazem a alegria de nossas vidas.

Quem muito espera pelos grandes acaba por perder os pequenos prazeres,

Deixa a vida ir e fica para trás com sua rabugice.

Alda M S Santos

Vitrine

VITRINE

Estamos diante de uma grande vitrine. Nela estão expostos todos os tipos de produtos que se quer “vender” ou “comprar”.

Observamos com mais atenção o que temos interesse em comprar.

Cada um de nós traz em si necessidades e vontades, “falhas” a serem compensadas.

E é nessa grande vitrine que encontraremos o que procuramos.

Há produtos para todo tipo de necessidades: grandes ou pequenas, físicas ou emocionais, fugazes ou duradouras. 

É preciso saber realmente o que se quer, o que precisa ser atendido. 

Um sapato brilhante, alto, lindo, dois números abaixo do nosso não atenderá a necessidade do trabalho. 

Uma pessoa carrancuda não atenderá nossa necessidade de humor.

Muitos podem nos enganar. Nem sempre há como devolver ou trocar os produtos. 

Os mais expostos e atraentes nem sempre serão os que irão nos atender. 

É preciso olhar com cuidado. Talvez o que precisamos está mais no cantinho da vitrine. Nem chama tanto a atenção. Pode precisar de polimento para ficar do nosso jeito, perfeito. 

Precisamos lembrar que ao mesmo tempo que estamos “comprando”, também estamos “vendendo”. 

Somos produtos nessa grande vitrine. 

Estamos vendendo o que realmente somos? Ou somos propaganda enganosa? 

Quanto mais fiéis formos nesse “comércio”, tanto para comprar quanto para vender, menos problemas teremos. Mais felizes seremos. 

Alda M S Santos

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