LIVRE ARBÍTRIO
Ver alguém querido cometendo os mesmos erros seguidamente
Erros que sabemos onde vão dar, e o que vão levar
Por experiência própria, por vivências de outros
Por conhecimento dos obstáculos da vida, por maturidade
Dói!
Interferir é uma opção: falar, orientar, guiar
Até tentar desviá-lo dali, levá-lo pelas mãos a outro lugar
Impedi-lo de destruir a saúde física, mental, social, amorosa
Profissional, familiar, sua e dos outros
Até mesmo usando de autoridade e imposições
Mas onde fica o livre arbítrio?
Até que ponto podemos interferir na vida dos outros
Sem ferir o livre arbítrio, direito de todos?
Até que ponto podemos nos eximir de um posicionamento
Sem caracterizar abandono, covardia, fraqueza, comodidade?
Até que ponto o outro pode responder por si ou deveria ser “interditado”?
Até que ponto somos responsáveis devido ao conhecimento que temos?
Até onde o respeito pode ir sem se transformar em omissão?
Onde fica a linha tênue que separa o carrasco do Pilatos?
Podemos lavar as mãos?
De todo modo, dói!
Alda M S Santos