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No limite

NO LIMITE
A vida no limite é intensa
Por vezes animadora, noutras cansativa
Será que vai sendo gasta, se esvaindo
Ou sendo reenergizada, reabastecida?
Se ela se esvai, se desgasta
Gostaria de não viver tanto no limite
Ter mais espaço, mais folga, mais liberdade de movimento
Dentro do meu “pequeno” interior
Não estar tão próxima da linha tênue
Que separa o bem do mal estar
Os sonhos doces dos pesadelos amargos
A realidade fria do calor do realmente desejado
Que separa a alegria da tristeza
Os medos da coragem, a confiança da desconfiança
O sorriso das lágrimas, a fé da descrença
Que separa a sanidade da loucura
O amor do desamor, a vida da morte!
Mas se a intensidade reenergiza, autoabastece
Que eu aprenda a andar na corda bamba
A me divertir nos altos e baixos, a dançar nos desequilíbrios
Ou que eu encontre mais espaços dentro de mim
Ou os ocupe de modo mais organizado
Sempre com mais e mais equilíbrio, alegria e fé
E que consiga carregar comigo quem quiser ou merecer…
Alda M S Santos
Ilha Grande- Angra dos Reis

Respeitando limites

RESPEITANDO LIMITES

Nem estacionada e nem correndo

Sigo a vida no ritmo que me satisfaz

Com aqueles que mereci para estarem nessa jornada comigo

Junto daqueles que me conquistaram com amor e carinho

Dia e noite, faça chuva ou faça sol

Nas tempestades ou nas bonanças, caminhamos

Se estaciono, enferrujo, atrofio

Se corro, posso me contundir, machucar, ferir

E ser obrigada a parar antes do fim

Quero seguir caminhando, sempre em frente

Mãos dadas, objetivos comuns, almas afins

Respeitando os limites físicos

Mas também os intelectuais, os emocionais

A mente, o coração, a alma também têm ritmo próprio

E cada qual sabe bem aquele que lhe cabe

E faz feliz…

Sigo caminhando…

Alda M S Santos

Ele nasceu e eu vi

ELE NASCEU E EU VI…

O Rei Sol nasceu às 06:28, 26/07/18 e eu vi

Não como o percebo, sem notar, nos outros 364 dias do ano

Mas no alto do Pico do Papagaio, a 982 m de altitude na Ilha Grande, Angra dos Reis

Despertei à 1:30 da manhã para uma trilha de 7000m de subida íngreme na mata

Para essa caminhada que teve início às 2:17h foram 10 trilheiros valentes

7 nacionalidades: Brasil, França, Alemanha, Bélgica, Canadá, Chile, Argentina

3:30h mais tarde, muitas árvores, troncos, rios, pedras,

Vagalumes, lua, esquilos, suor, pequenas paradas de 2minutos

Respiração ofegante, parcerias, goles d’água, apoio de um cajado

Chegamos às 5:45h no cume do pico, vento forte, frio de gelar

Mas a vista maravilhosa na madrugada escura

Calava qualquer cansaço, qualquer dor, qualquer desconforto

Corações acelerados, todos sentados numa pedra escorregadia e perigosa

Aguardavam ansiosos ao nascer do sol mais lindo de nossas vidas

Às 6:28h ele começou a despontar e logo reinava grandioso

Lindo, sabedor de sua grandeza e poder

Várias línguas o saudaram…

Rei da vida, rei do céu, criado pelo Rei dos reis

E nós, desafiando nossos limites e a natureza

O homenageamos com nosso deslumbramento…

Às 7:20h, aos 51,8 anos de idade, num grupo cuja média era 30 anos

Superei meus limites, agradeço a Deus

E iniciamos a descida forte já sob ele, enxergando tudo, terminando às 9:45h.

A nós todos nota 10!

Quem disse que números são frios?

Eles podem ser emocionantes!

E viva o Sol e seus súditos!

Alda M S Santos

 

Prazer ou loucura?

PRAZER OU LOUCURA?

Prazer ou loucura, alegria ou insanidade

Quem define isso em nossas vidas

Excessos, maluquices, vícios

Ou o bem estar de ir além dos próprios limites

A cada quilômetro vencido, vento no rosto, sol ou chuva

Suor quase tão intenso quanto as dores nas pernas

Preparação, frio na barriga que antecedem a empreitada

Aclives muito íngremes, amigos de décadas em seu encalço, pedalando…

Mesmos gostos, mesmas “loucuras”

E o prazer compartilhado de chegar ao topo

O frio na barriga e as dores musculares ficam esquecidos

Diluídos na sensação de euforia pelo propósito alcançado

E, na magia de uma vista deslumbrante,

Agradecem à vida, a Deus, ao prazer de se ter amigos…

E logo planejam a próxima…

Parafraseando Caetano “cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é”…

Alda M S Santos

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