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Estilingues e vidraças

ESTILINGUES E VIDRAÇAS

Estica bem, encaixa a pedra, prepara

E, ajeitando a pontaria, lança ao alvo

Certeiro ou não, sempre atinge alguém

Machuca, fere, opera ou não mudanças

Vidraças parecem tão seguras de si, “inatingíveis”

Vidraças trincadas, arranhadas, quebradas, atingidas

Tentam parecer fortes, se proteger, blindar-se

Mas as pedras sempre chegam

Estilingues são cruéis, nunca estão “satisfeitos”

Estilingues ou vidraças?

Qual nossa posição e olhar?

Somos alvo, peito aberto, vidraça, à mercê dos estilingues?

Somos estilingues lançando as pedras?

A visão de quem já foi estilingue

Muda sua postura quando vidraça?

Quais temos sido e como temos nos portado

Nessa luta incessante entre estilingues e vidraças?

Alda M S Santos

Caça e caçador

CAÇA E CAÇADOR

Aprender a sentir a direção do vento,

A perceber a luz, a aproveitar a sombra

A desviar-se dos obstáculos, a usar a força do outro contra si mesmo

A andar leve e atento sobre terrenos perigosos,

A ser silencioso e se camuflar quando necessário, 

A fazer barulho para se proteger

A considerar o medo como alerta, a nunca subestimar o inimigo 

A ser ágil e veloz na fuga ou busca de algo

A saber focar seu alvo, ou desviar-se de sua mira,

A não desconsiderar as próprias fragilidades e respeitar os próprios limites, 

A adquirir força e resistência nessa empreitada, pois 

Ora somos caça, ora caçadores,

E a mesma luz do luar ou vento leve que favorece a caça, 

Também favorece o caçador. 

Vence o mais hábil e melhor preparado. 

Alda M S Santos   

No alvo

NO ALVO
Em nossas vidas, sempre estamos em busca de algum objetivo.
Seja material, pessoal, profissional, espiritual ou amoroso…
Sempre temos um alvo no qual miramos nossas flechas.
Nossa capacidade de atingir as flechas nesse alvo vai depender de fatores diversos. Porém, nossa técnica vai sendo aprimorada ao longo desse esporte chamado vida. E passamos a acertar mais.
Aprendemos a nos posicionar melhor, a manter o equilíbrio, a esticar mais a corda, a manter a concentração e o foco, a calcular a interferência dos ventos, a regular a intensidade e potência dos disparos, dependendo de cada alvo e campo de tiro, a cuidar de nosso arco e flecha. Equipamento danificado não acerta o alvo tão facilmente.
Precisamos, acima de tudo, escolher melhor os alvos que iremos mirar e saber qual flecha usar para cada um.
Importante também é saber que todo o possível se faz antes do lançamento da flecha. Disparada, é torcer e aguardar. Se obtivermos êxito, ótimo. Caso contrário, novas flechas, novos alvos, novas posturas…
O esporte não termina porque uma ou duas flechas erraram o alvo. Talvez ele nem fosse tão interessante assim! E a experiência será válida para a próxima tentativa.
Lembremos disso quando não conseguirmos algo tão sonhado! Abandonar o esporte não é uma opção!
Alda M S Santos

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